Na obra “Mentiras que contam sobre a economia brasileira: textos contra a desinformação e em defesa de políticas novas e velhas pró-crescimento”, o autor mostra a situação de decadência do Brasil de 2015 para cá, afirmando que o país se tornou também um dos mais corruptos do mundo.
Petronio Portella aponta o austericídio fiscal (decorrente do ultraliberalismo) como causa principal da estagnação econômica, apresentando quatro alternativas a ela: o keynesianismo, a agenda de reformas inclusivas da UNCTAD, o Projeto Nacional de Ciro Gomes e a Teoria Monetária Moderna (MMT). O livro inclui quatro capítulos sobre a MMT, que é claramente a menina dos olhos do autor.
Escrever o livro foi minha forma de lutar contra a reeleição do fascista Jair Bolsonaro. O livro combate a desinformação espalhada por Bolsonaro e Guedes. Guedes passou 4 anos dizendo que a economia estava decolando, enquanto Bolsonaro se vangloriava de ter acabado com a corrupção.
Petronio Portella é economista, com graduação na Universidade de Brasília (UnB), mestrado na University of Minnesota e doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) / Foto: Arquivo Pessoal.
“Mentiras que contam sobre a economia brasileira” é uma publicação para todos que querem saber mais sobre a economia brasileira. Porém o livro está mais voltado para um público específico.
“Meu alvo principal são os não-economistas, vítimas contumazes da desinformação. Fiz um grande esforço para ser didático”, comentou o escritor.
O autor explicou que muitos brasileiros não fazem ideia do que se passa na economia. Não sabem quais governos endividaram o Brasil, quais presidentes foram “gastadores” e quem corrompeu a máquina pública.
Além disso, não fazem ideia de quando o Brasil parou de crescer, nem o porquê. Profundamente desinformados, apoiam “reformas” que eliminam direitos e mantêm o PIB estagnado. São vítimas da desinformação, pontuou.
“Análises obtidas de modelos econômicos irrealistas e simplórios, mas com alto grau de sofisticação matemática, são vendidas a eleitores e a políticos como Ciência. E muitos tomadores de decisões aceitam sem discutir a opinião “técnica” do economista porque não conseguem entender o que está sendo discutido. Testemunhei isso várias vezes em minha profissão”, destacou Petronio Portella (pág 11).
O livro, composto por 152 páginas, está dividido em 4 partes. A primeira parte é intitulada Da Lawfare à Cleptocracia. O autor critica a lawfare praticada pela Lava Jato e mostra que a operação, paradoxalmente, ajudou a eleger um presidente que maximizou a corrupção, Jair Bolsonaro.
Na segunda parte, Petronio Portella analisa a guinada neoliberal iniciada com a reeleição de Dilma Rousseff, que entregou o Ministério da Fazenda a um Chicago boy. A guinada neoliberal da Dilma foi aumentada por Michel Temer e radicalizada pela dupla Bolsonaro-Guedes.
Na terceira parte, o economista apresenta três alternativas a tal doutrina: o keynesianismo, a agenda de reformas da UNCTAD e o Projeto Nacional de Ciro Gomes.
Na quarta parte, ele explica, em quatro capítulos, a Teoria Monetária Moderna (MMT), e mostra que ela foi testada no mundo todo em 2020, com excelentes resultados.
Petronio Portella é Doutor em Economia pela Unicamp e trabalhou mais de 30 anos como consultor concursado do Senado Federal, fazendo o que se propõe a fazer neste livro: explicando fenômenos econômicos complexos para leigos em Economia.
Sobre a experiência de publicação da obra, o economista afirma que “A editora Dialética foi uma excelente escolha. Ela prometeu publicar o livro em 60 dias e o fez em 42, com excelente acabamento”.
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