Em “Sem Trégua: um legado de ensinamentos de como sobreviver à pobreza e à vida profissional no meio político” a escritora Aracilba Alves da Rocha traz uma mistura de realidade e ficção. A obra de 24 capítulos, como posto na introdução do livro, nos conta a história de Aliete Luci, menina nascida num lugar inóspito do sertão de Colinas, tinha tudo para não sobreviver. No entanto, agarrada à beleza da natureza, conseguiu, com perseverança, renascer a cada dia, sem que nada, nem ninguém, pudesse ser empecilho à sua caminhada, traçando uma trajetória histórica relatada neste livro. Graças ao dom da linguagem lógica dos números, conseguiu se formar em Engenharia, foi professora de Matemática e Estatística. Estudou Retórica, História da Humanidade, História da Civilização e Matemática. Usou sempre as ciências exatas para avançar em conhecimentos gerais e resoluções práticas da vida, de forma simples, como é relatado aqui, nos seus resumos históricos.
Já no início da obra, Aracilba brinca ao avisar aos seus leitores que qualquer semelhança na história de Aliete com a sua própria história é uma mera coincidência. Isso porque, a escritora traz de forma muito enfática a mescla da sua biografia com a história de ficção que escreveu.
“Esse livro pode ser considerado uma autobiografia em ficção, porque eu não sou eu lá dentro, eu sou a autora”, esclarece a escritora.
Aracilba conta que embora sempre tenha sido curiosa, por sua condição de infância humilde, só aprendeu a ler aos 10 anos e a partir de então queria ler e conhecer tudo. Com isso a escritora passou por leituras que, segundo ela, despertaram muita curiosidade e muita vontade de conhecer outras obras e temas.
“Tinha uma biblioteca pública perto da escola onde eu fui estudar e eu me dediquei a essa biblioteca, eu saia da aula e ia direto para a biblioteca, passava a tarde lá”, conta Aracilba.
Assim, a escritora começou a construir seu gosto pela leitura, de forma a ler de maneira assídua até os dias de hoje. No entanto, Aracilba relata que ela sempre buscava interpretar a leitura a seu modo, característica que ela possui até hoje.
“Eu lia um livro como ‘A Vida do Doze Césares- Suetônio”, já naquela época, e eu interpretava a personalidade dos reis e não a história deles. Pela história contada das guerras, das lutas e do poder, eu interpretava a personalidade do cidadão e fui me acostumando a isso em todas as leituras mais densas”, destaca Aracilba / Foto: Arquivo Pessoal.
Por essa singularidade, Aracilba chegou a pensar que sua vocação era para a psicologia, mas por fim se deu conta que para a vida profissional a matemática lhe chamava muito mais atenção.
“Eu disputei com as primeiras máquinas de calcular, porque eu calculava muito rápido, então eu fui fazer Engenharia Civil, realmente o que eu queria.”, relata Aracilba.
Neste período, a escritora conta que já era casada, tinha um filho, mas sua realização pessoal não impediu as curiosidades que ela tinha e continuou tendo.
Com esta breve apresentação do currículo, formação e experiência de Aracilba, após a leitura de “Sem Trégua: um legado de ensinamentos de como sobreviver à pobreza e à vida profissional no meio político”, o leitor certamente entenderá porquê qualquer semelhança entre as histórias e vida de Aracilba e Aliete é mera coincidência.
Como o próprio título da obra afirma, “Sem Trégua” se trata de um legado de ensinamentos de como sobreviver à pobreza e à vida profissional no meio político, apresentado de maneira clara e fluida por meio da ficção. Nesse sentido, Aracilba nos conta que se familiarizou inicialmente com a política aos 17 anos, pois, além da sua aptidão para os números, ela também sempre teve o dom da escrita e na metade da sua adolescência começou a escrever as pautas das reuniões dos deputados e senadores de um partido político e participou do movimento dos estudantes da época, que reivindicavam a igualdade. A escritora relata que seu papel no movimento era escrever panfletos, porque ela escrevia rápido, baseado em muitas histórias que já havia lido. Essa experiência, a escritora conta que resultou na época em situações inusitadas.
Aracilba conta que as decisões que ela tomou – como quando saiu da Paraíba e foi morar em São Paulo, onde viveu por 6 anos, após grandes impactos de tormentas e perdas – foram acontecimentos complexos, mas importantes para o seu amadurecimento, principalmente, político que aconteceu, conforme a escritora, muito cedo.
“Fiz curso de especialização em finanças na FGV com o amigo e professor Bresser Pereira, e isso me impulsionou muito. Os novos colegas do emprego faziam parte, de um grupo muito intelectualizado e com muito conhecimento. O aprendizado em São Paulo foi importante para a evolução do meu conhecimento. declara a autora.
O livro “Sem Trégua: um legado de ensinamentos de como sobreviver à pobreza e à vida profissional no meio político” começou a ser produzido em 2010, mesmo ano em que Aracilba descobriu uma doença extremamente séria e severa, o câncer de mama.
Como a obra carrega muitas das histórias de vida da autora ela conta que os primeiros registros foram os mais difíceis, pois é o momento em que ela introduz a história, mas privada vivida pela personagem Aliete e suas grandes perdas
A partir disso, há cerca de três anos, Aracilba relata que voltou a mexer no livro e entrar em outras histórias. O que exigiu dela estreitar os livros que ela lia para traduzir seu conhecimento de filosofia, de política e de história.
“Me ocupei do livro na pandemia e quando foi para publicar eu consultei um grande jornalista e escritor Jorge Caldeira, amigo e pessoa excepcional, que ao ler o manuscrito me disse que era uma boa e grande história e que era para mandar para as editoras, aí que eu criei coragem”, expõe a autora.
No entanto, além desse incentivo, outro ponto de partida para a publicação de fato do livro de Aracilba foi o sentimento de que ela precisava deixar registrado seu conhecimento, pois para a escritora se a pessoa possui um conhecimento verdadeiro, ela não deve morrer sem ensinar outras pessoas como enfrentar algo, como fazer ou como recomeçar.
E ainda assim, por conta do que as pessoas poderiam pensar, Aracilba conta que considerou parar a escrita inúmeras vezes, mas ao assistir o filme “Cidadão Ilustre”, filme Argentino, em que o personagem, um grande escritor premiado, retorna a sua cidade natal e é recebido como uma pessoa igual a todos ali, passando por situações vexatórias ao mesmo tempo hilárias. A história do filme, serviu de incentivo a não desistir, pois existem diversos tipos de pessoas e se uma não se agrada de algo terá sempre alguém com uma bagagem diferente que irá se identificar. Além disso, a procura e interesse que a autora está tendo por sua obra mesmo antes do lançamento é algo que prova o contrário do seu pensamento momentâneo de desistir.
“Mesmo as pessoas me conhecendo, elas me conheciam superficialmente pelos cargos que eu exercia e não pelo meu pensamento e como eu cheguei aqui, então isso está impactando as pessoas. Nós vamos fazer o lançamento no dia 8 de julho, as 19hs, em João Pessoa na Livraria do Luiz, filial do Mag shopping.
Logo, como seu livro é uma história de ensinamentos, de luta e de fé, chegou um certo momento em que a autora entendeu que tudo daria certo, porque, embora a obra não seja de auto ajuda, e sim de realidade, ele se transforma em um suporte para as pessoas enfrentarem seus problemas.
“Pessoas entre 20 e 40 anos seriam bons leitores deste livro e por isso que eu achei bom colocar em e-book, porque facilita para as pessoas que não querem ler o livro físico e é bom porque o Meio Ambiente agradece”, pontua a escritora.
O fato de o livro ser lançado nos três formatos, impresso, e-book e audiobook, foi um dos motivos pelos quais Aracilba optou pela Editora Dialética em relação às outras editoras. A escritora diz que procurava inovação para a sua obra e a Dialética lhe ofereceu isso.
“Vocês tinham uma cartilha falando sobre livros literários e o meu livro foi escrito intencionalmente como um romance, mas ele é literário e eu disse ‘é essa empresa’”, conta a autora.
Aracilba disse ainda que ao receber a proposta de outra editora interessada em sua obra, ela desconsiderou, “porque elas não evoluíram, se eu fizesse lá não ia chamar atenção da minha neta, por exemplo”, finaliza a escritora.
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